quarta-feira, 18 de novembro de 2009

MICROBIOLOGIA - ESTUDO DE CASO


Flora bacteriana da cavidade oral, presas e veneno de Brhothops jararaca: Possível fonte de infecção no local da picada.

INTRODUÇÃO

No período de 1981 a 1986 o Hospital Vital Brasil do Instituto Butantan atendeu a 1984 casos de acidentes com o gênero de serpente Bothrops jararaca, sendo que 9% dos pacientes desenvolveram abscesso na região da picada. Nestes abscessos, foram isolados como: enterobactérias, estreptococo do grupo D e bactérias anaeróbias.



MATERIAL E MÉTODOS


Selecionados 15 exemplares de Bothops jararaca


  • Aparentemente sadios;
  • Recém chegados (dentro de 23 horas);
  • Cujos venenos ainda não haviam sido extratidos.

Classificados:

  • Medidas (Comprimento): de 65 a 120 centímetros.


COLETA DE MATERIAL


  • Coleta com SWAB: Presa direita; bainha da presa e no veneno escorrido após compressão da glândula direita.

Material: O cotonete com material foi quebrado dentro do tubo com tioglicolato.


  • Coleta com SWAB: Presa esquerda; bainha da presa e no veneno escorrido após compressão da glândula esquerda.

Material: Utilizando tubos com tioglicolato fervidos a 10 minutos e esfriados. Após cotonetes foram colocados em jarra de anacrobiose (sistema “GasPak”).




Todo material coletado foi submetido a isolamento e identificação utilizando:

Metodo Gram: Corante Cristal Violeta e Sanfranina.

Bactérias Aeróbias:Teste de sensibilidade a diversos antimicrobianos pela técnica Kinbt-Bauer.



Sistema GasPak:

  • Cultura em jarra para bactérias anaeróbicas;
  • Contém substâncias químicas que geram hidrogênio e dióxido de carbono.
  • Inadequado para bactérias anaeróbicas restritas.


Técnica de Kinbt-Bauer

  • Meio sólido de cultura Mueller-Hinton



RESULTADOS

Os esfregaços colhidos do lado direito mostraram riqueza em muco e fibrina (exceto em apenas uma serpente).



Dos 15 exemplares de Bothops jararaca:


  • Cinco foram observados leucócitos;
  • Nove dos quinze esfregaços de cocos apresentaram bacilos Gram-negativo;
  • Três esfregaços com Bacilos Gram-positivos.

Todas as serpentes conseguiu-se cultivar alguns bacilo Gram-negativos aeróbios. Doze esfregaços conseguindo-se cultivar cocos Gram-positivos aeróbios. Não foram vistos bacilos Gram-positivos, mesmo nos cinco casos em que se isolou Clostridium.






DISCUSSÃO

A flora bacteriana da boca de serpentes, difere por:


  1. Espécie;
  2. Origem (habitat natural ou cativeiro);
  3. Estado de saúde;
  4. Fato de ter se alimentado recentemente ou não e ainda quais animais utilizados na alimentação.

Cuidado a evitar contaminação do veneno difere:

  1. Nos métodos utilizados na conservação;
  2. Na cultura do material obtido.


COMPARATIVO

Estreptococos do grupo D foram isolados de abscesso por picada de serpentes do gênero Bothrops. Estes abscessos ocorrem no local da picada de serpentes do gênero Bothrops onde as bactérias encontram no tecido lesado pela ação proteolítica do veneno, condições adequadas para sua multiplicação.

Morganella morganii, Providencia rettgeri, Escherichia coli, Proteus sp., estreptococo do grupo D, Streptococus viridans, Staphylococcus aureus, Clostridium sp., Bacteróides sp. já foram isolados de abscessos de pacientes que sofreram acidentes dom serpentes Bothrops.


CONCLUSÃO


Foi verificada a presença no veneno de Bothrops jararaca, uma maior quantidade de bactérias aeróbias e, em menos freqüência, anaeróbias. Especula-se que, como estas bactérias são semelhantes às encontradas nos abscessos de pacientes picados, elas possam ser inoculadas no momento da picada e, encontrando condições favoráveis de multiplicação, causar infecção.

Um comentário:

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